GELADEIRA SOLAR

Imagine um refrigerador que não precisa de energia elétrica e utiliza apenas água e calor para conservar alimentos e bebidas. A invenção existe há sete anos e é utilizada em países africanos como Zâmbia, Zimbábue, Botsuana e África do Sul.

Por criá-la aos 21 anos de idade, a britânica Emily Cummins se tornou a mais jovem designer do mundo a conquistar a premiação Sustainable Design Award. A geladeirinha transformou a vida de famílias inteiras, muitas delas moradoras de comunidades sem acesso à energia elétrica. A invenção permite alongar a vida dos alimentos perecíveis e proporciona melhor acondicionamento para medicamentos sensíveis ao calor.

Simples, o modelo de Cummins é feito com dois cilindros metálicos posicionados um dentro do outro. Entre eles, um material coletado localmente (como areia ou lã) é depositado, prensado e encharcado com água. Quando exposta ao sol, a parte externa do sistema começa a “suar”. A água então evapora da areia ou da lã, e o cilindro interno perde calor, resfriando-se para acomodar os alimentos que precisam ser conservados. Para fechar a câmara refrigeradora, basta uma toalha encharcada.

A fim de disseminar a tecnologia social e adaptá-la aos recursos locais, Cummins trancou a universidade em Londres e partiu em uma viagem pelo continente africano. Durante a jornada, testou protótipos feitos com materiais alternativos como vasos de plantas, ensinando e aprendendo com as sugestões dos nativos. Até hoje, na Namíbia, a inventora é conhecida pelo apelido de “a moça da geladeira” que ganhou das comunidades locais.

Créditos a: Medium
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